Mão de Pedra na política
Foi como um nocaute o convite do prefeito de Salvador, João Henrique, ao ex-pugilista Acelino Popó Freitas para que este ocupasse o cargo de secretário de Esporte, Lazer e Entretenimento de Salvador.
Da capital ao interior, quem ouviu ficou tonto para compreender do que se falava. Para os cépticos, o nome deverá ser publicado no Diário Oficial do Município, nesta sexta-feira, segundo informou a assessoria da prefeitura, se é que adiantará de alguma coisa.
Quatro vezes campeão mundial de boxe – duas na categoria superpena e duas entre os leves –, Popó, bem a seu estilo, partiu ao ataque antecipando o desejo de criar mecanismos para difundir as diversas modalidades, especialmente nas comunidades carentes.
Discurso à moda antiga, frouxo e desnecessário. Mais eficiente seria que Popó, criado em um barraco no bairro de Cidade Nova, simplesmente mostrasse sua experiência. Por exemplo: com seu projeto para crianças carentes, com sede no Arraial do Retiro, iniciado em outubro passado, que vem transformando a vida da comunidade carente da região.
Carismático e com imagem associada ao sucesso, apesar do vexame no infeliz retorno aos ringues contra o mexicano Juan Diaz, Popó pode servir como elo para atrair parceiros e viabilizar investimentos no segmento sempre esquecido pelas administrações municipal e estadual.
Decisão urgente para o Mão de Pedra passa também pela formação de excelente equipe de trabalho, respeitando nobres critérios técnicos, não pessoais. Novato com vicios seria demais!
Longe de parecer talhado para a função, que tenha rápido aprendizado. A população não precisa continuar violentada nos seus direitos.
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