14 julho 2007

Carcará depenado

O Atlético de Alagoinhas perdeu para o Coruripe por 2x0, no interior alagoano.

Não vi e tampouco ouvi.

Mas o resultado foi péssimo para os clubes baianos, que hoje estariam eliminados no grupo 8 da Série C.

Mauro César marcou aos 24 min do 1º tempo, de falta.

E ampliou aos 38, em pênalti, dizem, pra lá de polêmico.

No clássico sergipano, o Confiança venceu por 3x0 o América, gols de Bira, Rafael e Guga, e lidera o grupo 7.

Tem um gol a mais de saldo que o Bahia, segundo, também com quatro pontos.

Vitória detona Fortaleza

O Vitória voltou à rotina de triunfos maiúsculos na Série B.

Com o empate sem gols entre Santo André e Coritiba, terminou a 12ª rodada como vice-líder.

No Barradão, detonou por 6x0 o Fortaleza, ladeira abaixo após a sétima partida sem vencer.

Que fase atravessa Joãozinho!

Marcou o terceiro, aos 43min do 1º tempo, e deu passe para Alysson deixar Getúlio Vargas na saudade e fazer o quarto, aos 18 da etapa final.

Nos dois primeiros, troca de gentilezas.

Aos 20, Índio amorteceu no peito o escanteio cobrado por Faioli e chutou para abrir o placar.

Dez minutos depois, em confabulação de falta ensaiada, ajeitou para Faioli bater forte.

A esta altura, a qualidade dos baianos inibia os cearenses, que se rendiam a cada minuto.

A situação do Fortaleza agravou-se ainda mais no início da etapa final, quando André Lima derrubou Apodi e acabou expulso.

Qualquer estratégia do comandante Amauri Knevitz discutida no intervalo morria ali.

Já havia quem se desse por satisfeito e a arquibancada se movia no ritmo da ola.

Desta vez, diferente das três goleadas anteriores, não houve contratempo.

Deu tempo até para a dupla de volantes marcar gols.

Chicão, aos 31, completou escanteio cobrado por Índio.

Vanderson, aos 43, acertou tirambaço e sorriu, de orelha a orelha, na comemoração de seu primeiro gol como rubro-negro.

Fonte Nova tricolor

Cerca de 500 tricolores foram ao estacionamento da Fonte Nova ouvir pelo rádio Bahia e Asa.

Este aqui também embalou nas ondas sonoras porque trabalhou em Vitória 6x0 Fortaleza.

Mas futebol tampouco foi visto por quem da imprensa esteve do lado de dentro.

Bradaram que o time não jogou quase nada.

Foi um gol em cada tempo.

No primeiro, Pedrão, contra, completou cruzamento de Cléber.

Nos descontos, Amauri deixou o segundo, estreando o carimbo tricolor.


Ao menos um resultado positivo para o futebol baiano na Série C.

Caça à raposa

De Linhares e Poções, no interior capixaba, soube apenas o placar.

Mas o jogo terminou com o resultado esperado.

Derrota da raposa do sudoeste, gol de Rodrigo Calixto, no segundo tempo.

Baianos atrás do triunfo

O futebol baiano tem segunda chance para vencer na Série C.

Às 15h, no interior capixaba, o Poções, de quem não se espera nada, pega o Linhares-ES.

À noite, às 20h30, o Atlético de Alagoinhas, após empatar quando tinha vantagem de três gols, tem parada duríssima contra o Coruripe, líder porque venceu fora de casa mesmo jogando com um a menos.

Contudo, a partida de maior interesse acontece entre uma e outra, às 16h, na Fonte Nova.

Porque é imprevisível cravar resultado para Bahia e Asa.

Afinal, mesmo com a maior folha salarial da terceirinha, o tricolor não é o Real Madrid e Arturzinho manda a campo a 42ª escalação diferente no ano.

A primeira sem a torcida ver, privada pela penúltima partida com portões fechados, fruto da explosão contra o Ipatinga, na velha Fonte Nova, na Série C passada.

Vitória busca equilíbrio

Basta o Vitória ganhar do Fortaleza, às 16h, no Barradão, para se manter no G-4.

O problema é que somente uma vez na Série B o time passou duas partidas consecutivas sem perder.

Na segunda e terceira rodadas, quando ganhou do Ceará (3x0), fora, e do Ipatinga (4x0), em casa.

Talvez seja até o vice-líder, desde que faça sua parte e o Santo André não perca para o Coritiba, no ABC, também às 16h.

No mesmo horário, o Gama encara o Santa Cruz no Mané Garrincha.


E só.

Porque a 12ª rodada da Série B começou na sexta-feira à noite.

A Ponte Preta bateu o Criciúma por 3x2, no Moisés Lucarelli, e quebrou a invencibilidade de oito partidas do líder.

A seqüência de sete jogos invictos da Portuguesa também foi pelos ares: Remo 1x0, no Mangueirão.

Dois empates, ambos por 2x2, entre Barueri e Brasiliense, e Ituano e Ipatinga.

E o São Caetano que não vencia há sete partidas fez 3x2 no Ceará, dentro do Presidente Vargas.

Outro visitante a se dar bem foi o Marília, com 1x0 no CRB, no Rei Pelé.

Na Ressacada, Avaí 2x0 Paulista, afundado na lanterna.

13 julho 2007

Estádios mudos

O Coruripe inaugura amanhã no Estádio Gerson Amaral, contra o Atlético de Alagoinhas, o sistema wirelles para acesso sem fio à internet.

Novidade para facilitar o trabalho da imprensa e presente nos principais estádios brasileiros.

Tecnologia que não existe nas defasadas praças esportivas baianas.

Por aqui, o serviço de internet banda larga funcionou na Fonte Nova até o Brasileiro Série B de 2005.

Mas o Bahia não pagou débito com a Telemar e, desde então, as linhas ficaram mudas.

No Barradão, nunca houve. Como tampouco no interior do estado.

Quem gosta de usar computador portátil para dar informações direto do campo ou da Tribuna de Imprensa precisa assinar, por conta própria, algum serviço de internet móvel banda larga.

12 julho 2007

Baianos e o Pan Rio 2007

A cerimônia de abertura dos XV Jogos Pan-Americanos Rio 2007 acontecerá amanhã à tarde, mas duas atletas nascidas na Bahia têm estréia, nesta quinta, às 15h30.

Elaine Estrela e Formiga defendem a Seleção de futebol feminino contra o Uruguai, no Estádio João Havelange.

Ao todo, 19 atletas nascidos no estado compõem os 659 convocados.

Irrisórios 2,88%.


Mais dimutos ainda porque apenas sete (1,06%) vivem na Bahia.

O que escancara a sangria esportiva.

Que obriga, registre-se, até atletas de ponta migrar atrás de perspectiva.

Se sonha viver do esporte, levante o corpo em outro lugar.

Fenômeno que se fortalece na abstinência de políticas públicas.

Pois Ana Marcela Cunha, 15 anos, mudou-se para Santos meses atrás, levando à tira colo pai e mãe.

Medalha, para baiano, é artigo para ser visto pela televisão.

Abaixo: modalidade, atleta e local de nascimento.
*Com asterisco, quem ainda reside na Bahia. Todos na capital.


Atletismo
100m e 4x100m – Luciana dos Santos - Ilhéus
800m – Kleberson Davide - Ibirataia
Maratona - Sirlene Pinho – Santaluz

Boxe
*48kg – Paulo Carvalho – Gandu
*51kg – Robenilson Vieira – Salvador
*60kg – Everton Lopes – Salvador
*69kg - Pedro Lima – Riachão do Jacuípe
91kg – Rogério “Minotouro” – Vitória da Conquista

Canoagem
C2 500m e 1000m – Vilson Conceição – Itacaré

Esgrima
Sabre – Deise Falci – Salvador

Futebol
Elaine Estrela – Salvador
Formiga – Salvador

Hóquei na grama
Daione Mitchell – Salvador

Ginástica Rítmica
Marcela Menezes – Salvador

Natação
*800m – Nayara Ribeiro – Vitória da Conquista
*1500m – Luis Rogério Arapiraca – Feira de Santana
*Maratona Aquática – Alan do Carmo – Salvador
Maratona Aquática – Ana Marcela Cunha – Salvador

Vôlei de praia
Masculino - Ricardo Costa – Salvador

Dias de Índio

Muitas vezes, dentro do campeonato, muda-se a avaliação sobre um jogador.

Quanto mais durante o ano.

E era quase impossível Índio manter o ritmo do Baiano.

Mesmo assim, no estadual que não avalia ninguém, a torcida do Vitória forjou ídolo e o cobra como tal.

Quer gols e flechadas, coisa que Índio faz desde ano passado, apesar de ter sido reserva, lateral e volante.

Contudo, o Vitória, inseguro, vive período de afirmação na Série B.

Índio, despontando na carreira como atacante, também.

Exceto contra o Atlético-PR na Copa do Brasil, finalmente tem sido exigido.

Não parece, mas participou diretamente de seis dos 23 gols do melhor ataque do campeonato, ao lado do Marília.

Com quatro gols e duas assistências em nove partidas, estréia excluída.

Menos apenas que Joãozinho, sete gols e três passes decisivos, e Apodi, um e sete.

O fato é que Índio, apesar dos números, não está bem.

Desiludiu a torcida, que o vaiou no Barradão para a entrada de Paulo César.

Que não se abata e decepcione Givanildo Oliveira.

Porque o treinador, durante o Baiano, manteve Joãozinho e Apodi.

O atacante que não fazia gols e o lateral que não marcava ninguém.

Balanço da 11ª rodada

A média de público na Série B foi de 5.271 pagantes, excluindo-se Gama-DF 4x2 Avaí-SC, partida com súmula divulgada, porém borderô, não. Muito curioso!

Destaque para os 11.516 torcedores no Barradão, seguidos pelos 8.567 de Fortaleza 0x0 Ipatinga, no Castelão. Este, aliás, único sem a alegria do gol.

Criciúma 3x1 Coritiba, o líder contra o vice, teve 7.082 pagantes, no Heriberto Hulse.

Resultado que fez disparar na liderança o campeão da Série C, invicto há oito rodadas.

Mandante pela sexta vez, o Ituano pela sexta vez registrou o pior público da rodada: 384 pagantes, digno de revoltar a cidade dos superlativos.

Foram 31 gols em 10 partidas.

Sem qualquer triunfo dos visitantes.

11 julho 2007

Mortes no Ba-Vi: Impunidade

Por Nelson Barros Neto

Salvador - “Hoje em dia, a violência prevalece sobre a paz. E o pior é que isso vai ficar impune. Se ele tivesse dinheiro, apareceria logo o criminoso. Mas como não tem...”
As palavras raivosas do senhor Milton Vítor Pereira, em referência à morte do irmão Luiz Carlos, meia hora antes do primeiro Ba-Vi do ano, refletem um já antigo sentimento que permeia a sociedade brasileira. E não sem motivo.
Tanto Luiz quanto Pedro Sales Silva foram vítimas do clássico do dia 11 de fevereiro, disputado no Barradão. Um rubro-negro, o outro tricolor. Um na chegada, o outro na saída do estádio. Mera coincidência?
A dupla de homicídios completou hoje exatos cinco meses, porém ambas as famílias continuam esperando acontecer alguma coisa. O rol de escândalos recentes, ainda sem solução, não é formado apenas por Caso Neylton, Maré Vermelha, Maracangalha, Operação Navalha e crimes que o valha.
MOROSIDADE – Determina o Código de Processo Penal, em seu artigo 10, que o inquérito policial deverá ser encerrado em até 30 dias. “Se o fato for de difícil elucidação”, acrescenta o parágrafo terceiro, há a possibilidade de este prazo aumentar em mais 30. Mesmo assim, as mortes do Ba-Vi, que dentro de campo também terminou empatado em 1 a 1, seguem na fase inicial, de investigação.
Impedidas de ser denunciadas pelo Ministério Público (MP) e, finalmente, entrarem na etapa judiciária do processo, elas só dilatam a indignação reinante na saleta que abrigou o corpo dos dois torcedores, no Cemitério Quinta dos Lázaros. “A sensação é de total impunidade. Isso também incentiva outras pessoas a fazerem o mesmo”, acredita Milton, irmão de Luiz.

Autoridades tentam explicar demora

Como os assassinatos de Pedro e Luiz Carlos ocorreram em circunscrições policiais diferentes, os casos foram parar em delegacias distintas. Na 4ª, situada no bairro de São Caetano, a delegada titular, Celina Santos, admite a demora na investigação. Mas alega que se ela não for cuidadosa, com todas as provas e evidências se encaixando, não será suficiente para o oferecimento da denúncia ao Ministério Público.
”Não é desinteresse nosso, não. Pelo contrário. É que foi um homicídio meio difícil, pelo horário e pelo local“, afirma, sobre a morte do tricolor Pedro. ”Porém, ficou parecendo mesmo uma retaliação, algo passional“, completa.
A delegada da 10ª, Sandra Lima, por sua vez, garante que o inquérito de lá só depende do laudo cadavérico do rubro-negro Luiz para ser concluído. Situação que a própria assessoria de imprensa do Instituto Médico Legal confirma, diga-se.
Enquanto o capitão Marcelo Pita, responsavel pela unidade de imprensa da Polícia Militar, diz que a corporação não tem mais o que fazer a respeito do caso, o promotor de justiça Nivaldo Aquino, que ainda em fevereiro se comprometeu em acompanhá-lo, ao lado do colega José Renato Oliva, trata de defender o trabalho até então realizado. ”Estamos acompanhando. O fato não está esquecido. Mas, às vezes, é melhor realmente que se alongue a investigação para que se chegue aos verdadeiros culpados, do que acusar alguém sem provas, só para fazê-lo“, finaliza.

MEMÓRIA: Rivalidade mórbida

No dia 11 de fevereiro deste ano, nem bem o pedreiro Luiz Carlos Vítor Pereira chegou ao Barradão, junto com o vizinho Jorge de Jesus Barreto, quando um ônibus da torcida organizada Bamor teria surgido perto da dupla. Luiz vestia uma camisa da facção rival Os Imbatíveis e acabou sendo agredido com socos. Caiu no chão, chegou a se levantar depois, mas suportou apenas alguns segundos, em pé, antes de desabar novamente. A primeira assistência médica só apareceu no intervalo do jogo. Morador do Pau da Lima, o rubro-negro de 41 anos já aportou sem vida no Hospital Geral do Estado. Deixou esposa com deficiência física, uma filha de quatro anos e um filho de 17.
TRICOLOR – Fanático pelo Bahia, o aposentado Pedro Sales Silva, 43, foi espancado por quatro torcedores do Vitória no começo da noite daquele domingo. Quando já voltava para casa, ao lado de dois amigos, um vestido com a camisa da Bamor, ele desceu do ônibus na altura da BR-324, próximo ao Makro, no momento em que teria sido surpreendido pelos ´adversários´. De acordo com as testemunhas, estes estavam em um Palio vermelho e trajavam o calção da torcida Os Imbatíveis. Uma emboscada, supostamente. Pedro residia no bairro de Fazenda Coutos e deixou dois filhos.

Matéria publicada na edição desta quarta-feira (11/07/2007) do A Tarde.


Notas do autor:

Sábado, um ônibus da Bamor foi alvo de tiros na altura de Portão quando se dirigia a Aracaju para Confiança x Bahia.

Ontem, no Barradão, pessoas vestidas com camisa da "Os Imbatíveis" atacaram membros da "Inferno Coral", do Santa Cruz.

O motivo: "parceria" com a Bamor, que, não por acaso, tinha integrantes no Estádio.

A Leões da TUF, do Fortaleza, tem relação ainda mais estreita com a Bamor.

E sábado tem Vitória x Fortaleza.

Escolta de cinco policiais não adianta!

Atualizada às 0h11.

10 julho 2007

Vitória, que sufoco!

Alysson deixou a defesa do Vitória desprotegida e partiu atrás da bola.

Fez grande jogada pela esquerda, cruzou olhares com Joãozinho e tocou para o meio.

Que ousadia do lateral!

A área do Santa Cruz estava cheia de gente, mas o que apenas se viu foi Joãozinho concluindo para o fundo do gol de Gottardi, aos 21 minutos do 2º tempo: 1x0.

Àquela altura, o empate sem gols era tanto provável como justo para Vitória e Santa Cruz.

Em mais de 65 minutos, ninguém criara qualquer chance aguda.

Tanto que os adversários ensaiaram juntos no intervalo o discurso de culpar o árbitro Hércules Martins da Silva.

Os pernambucanos reclamaram pênalti em Marco Antonio, logo aos 5. Os baianos, em Joãozinho, aos 24.

Solução aparentemente simples quando não se desvenda o enigma de jogar bola.

Para sorte do Vitória, Alysson teve brilhante lampejo.

Porque a solitária – e individual – jogada pela esquerda resultou no gol que tanto se insistiu buscar pela direita.

Mas ontem não estava Apodi, suspenso, substituído por Alex Santos, que tampouco foi mal.

Sinal que Givanildo Oliveira continua a ter muito a corrigir para dar opções ao time.

Pois nem a expulsão de Romeu, do Santa Cruz, aos 33 da etapa final, ajudou a melhorar.

Parabéns aos 11.516 pagantes no Barradão, valentes diante de incomum horário e também da noite cinzenta que encobriu Salvador.

Desta vez não ganharam goleada, mas ficaram satisfeitos com o retorno ao G-4 graças ao triunfo pela contagem mínima aliada à derrota do Brasiliense por 3x1 para o CRB, em Maceió.

Vitória na caça aos líderes

A 11ª rodada da Série B terá as 10 partidas às 19h30.

Desta vez, horário incomum pela Seleção na semifinal da Copa América, e não por má vontade de quem detém os direitos de transmissão.

Quinto colocado com 15 pontos, o Vitória tenta recortar a distância para a turma do G-4 pegando o Santa Cruz, 16º, com 12, no Barradão.

Sem Apodi e Sandro, suspensos, mas com Thiago Gama, que, hoje, completaria 100 dias sem atuar oficialmente.

No mais, duas partidas curiosas.

Uma para ser acompanhada de perto, outra, para ninguém ver.

O líder Criciúma, 21 pontos e quatro à frente do vice-líder, recebe justo seu perseguidor, Coritiba, no Heriberto Hulse.

Na outra ponta, promessa de algo parecido a futebol, com o lanterna Ituano pegando o Paulista, antepenúltimo.

09 julho 2007

As “férias” de Vanderson

O STJD absolveu, esta noite, Vanderson da acusação de agressão física – artigo 253 do CBJD – no lance de sua expulsão em Portuguesa 1x0 Vitória.

Safou-se por 3x1, com voto contrário do presidente da 1ª Comissão Disciplinar, Wanderley Rebello, que indicou pena de três partidas por infração ao artigo 254, jogada violenta.

A advogada Patrícia Saleão usou o videotape como prova.

Porém outra evidência é ainda mais clara.

Que uma hora o comportamento de Vanderson vai penalizá-lo. E ainda mais ao clube.

Foram doze cartões amarelos e um vermelho em 25 partidas do Campeonato Baiano.

Nos quatro jogos da Copa do Brasil, dois amarelos e um vermelho (pena de duas partidas).

Na Série B, até agora, três amarelos e um vermelho em seis compromissos.

Vanderson ficou fora nove vezes na temporada cumprindo suspensão.

Como o Vitória fez oito partidas em média por mês, passou 30 dias de "férias".

Nadson sob holofotes

O Chelsea vai fazer três amistosos este mês nos EUA como parte de sua pré-temporada.

Sábado (14), encara o América do México, em San Jose.

No sábado seguinte (21), o Los Angeles Galaxy, time norte-americano que contratou David Beckham e desponta como paraíso de craques e artistas de Hollywood.

Entre um e outro, pega o Samsung Bluewings, da Coréia do Sul, próxima terça (17), também em Los Angeles.

Excelente oportunidade para Nadson, ex-Vitória, que vive dizendo querer deixar a Ásia, fazer por onde.

Claro que Nadson não vai arrumar transferência para o Chelsea!

Mas nada impede de jogar como nunca e chamar atenção de mercados menores da Europa.

Para constar: o Samsung tem seis jogadores que defenderam a Coréia do Sul na Copa da Alemanha e contrataram, este ano, do italiano Perugia, Ahn Jung-Hwan, atacante famoso por ter marcado o gol de ouro que eliminou a Itália da Copa de 2002.

08 julho 2007

Resumo da largada

A primeira rodada da Série C teve 63 gols em 32 partidas, apenas 1,97 de média.

Os mandantes venceram 14, sem contribuição dos baianos Atlético e Poções, empataram 10 e perderam oito.

A dupla campeã brasileira, Bahia e Guarani, decepcionou outra vez.

Fora de casa, o tricolor empatou com o Confiança-SE e o Bugre tomou 2x0 do Jaguaré, do Espírito Santo.

O Paysandu também perdeu: 1x0 para a Imperatriz, do Maranhão.

Confiança-SE e Bahia, e América-SE e Asa-AL fizeram do grupo 8 o único sem gol.

As súmulas e os borderôs vão estar disponíveis amanhã.

É Copa 2 de julho, tchê!

O Internacional carimbou o selo de qualidade da Copa 2 de julho de futebol Sub-17 ao derrotar o Cruzeiro por 2x1 na final, disputada no Estádio Toca do Guaiamum, em Porto Seguro.

Quem mais venceu a Copa Macaé, três de dez edições, tratou também de ganhar a nova referência do futebol brasileiro na categoria.

Foi somente para ratificar a hegemonia, tchê, pode-se dizer.

Sete vitórias em sete partidas, ataque mais positivo (31) e menor média de gols sofridos por jogo (0,43).

Quem quiser mais, guarde este nome: Lucas Roggia, artilheiro com 10 gols em seis jogos, o último deles o que trouxe a tranqüilidade dos 2x0 aos colorados, aos 27 min do segundo tempo.

Mauro: “Está uma teta a Série C.”

Por telefone, conversei com Mauro Fernandes. Uma simpatia no trato à imprensa, independente do horário.

Contudo, ontem, início da tarde, estava diferente. Entendi na primeira resposta.

Mauro pediu demissão do Ceilândia-DF para cuidar da mãe, então muito doente, que acabou falecendo dias atrás.

Fiquei constrangido. Falei com ele apenas duas vezes desde a saída do Vitória, a última há uns três meses.

Espirituoso, mudou o tom e deu corda a animada e informal conversa.


Analisou a Série C, elogiou a estrutura dos clubes baianos, mas discordou de sua demissão do Vitória.

Reproduzo parte abaixo:

MS – O que você achou de Bahia e Vitória?
MF – Gostei muito. O Vitória tem uma estrutura do caramba! O Bahia, também. Estava muito mal-tratado quando cheguei, mas soube que o pessoal começou a cuidar e deu uma melhorada. E o time?

MS – Artur começou bem, mas passou a inventar. Escalou 40 times diferentes no ano. Não repetiu uma escalação e vai improvisar Ávine no meio-de-campo contra o Confiança-SE.
MF – Ávine!? Artur gosta de testes, igual ao Carpegiani. E os salários? Estão pagando, não?

MS – Mais ou menos. O elenco está em dia. Os funcionários, bem, a diretoria faz aquele escalonamento de pagar quem ganhar menos, os outros não...
MF – Isto mata o grupo! Eu sempre cobrava pois funcionário precisa de alegria. Dizia: “Paga o funcionário que ganha pouco e deixa o jogador para depois”. O clima fica ruim, tem maus fluidos. Minha saída foi por causa disto, pela falta de perspectiva.

MS – Você acha que o Bahia sobe?
MF – Está uma teta a Série C. Muito mais fácil que o ano passado. Nossa, uma teta! Tem que aproveitar!

MS – Quais times você tem informações? Quem sobe?
MF – Eu tinha fichas de todos os time da Série C e passei para o Ceilândia-DF. De São Paulo, o Noroeste é o mais arrumado. O Paranavaí manteve a base do estadual e deve surpreender. O Atlético Goianiense vai disputar. De Minas, o Democrata se reforçou, mas não aposto. Soube que o ABC está razoável, mas tampouco deve ter ritmo até o octogonal.

MS – E Paysandu, Guarani...
MF – O Paysandu pode descartar. Com o que tem hoje, carta fora. Também não acredito no Guarani, apesar de toda tradição. De São Paulo, arrisco mais o Noroeste.

MS – E o Vitória? Oscila demais na Série B. Eu esperava que largasse melhor.
MF – Ninguém entende e se comenta muito. Eu também acreditava no potencial, ainda mais com o time montado.

MS – É quase a mesma escalação de sua época.
MF – Mudou apenas o goleiro. Eu escalava Emerson; Apodi, Sandro, Jean e Alysson; Vanderson, Bida, Garrinchinha, na maioria das vezes; e Jackson. Na frente, Índio e Joãozinho.

MS – Você colocou Índio no ataque e Bida como volante.
MF – Índio no ataque, Bida, volante, apostei e dei confiança ao Alysson, que queriam mandar embora e ainda não acharam substituto. Saí líder do Campeonato Baiano.

MS – Você fez um bom trabalho, mas futebol, mais que eu, você sabe como é.
MF – Peguei o Bahia acabado no Baiano e fui eliminado no Ba-Vi da Fonte Nova. Saí líder da Série C, peguei o Vitória em situação delicada e fomos vice-campeões. Liderava o Campeonato Baiano quando aconteceu a eliminação para o Baraúnas. Foi muito ruim, mas todos já sabiam dos jogadores irregulares do Baraúnas. Mas a pressão foi grande. A imprensa, quando quer, derruba, ainda mais aí. Pode demorar, mas derruba. Não adianta brigar com a imprensa. Os técnicos e os jogadores precisam de vocês, e vocês da gente.

Domingo de decisão

Internacional e Cruzeiro têm garantido um troféu produzido em fibra de vidro pelo artista plástico Luis Augusto Rezende representando o Elevador Lacerda, símbolo da arquitetura baiana.

Mas os meninos querem mesmo é o título de campeão da Copa 2 de julho de Futebol Sub-17.

Disputa às 16h, no Estádio Toca do Guaiamum, em Porto Seguro.

Ambos invictos, porém o Cruzeiro empatou uma partida, a última da fase classificatória contra o Bahia, enquanto o Internacional venceu todas.

Além da melhor campanha, os gaúchos possuem o ataque mais positivo e a defesa menos vazada.

Fora Lucas Roggia, artilheiro com nove gols. Quem viu diz ser um primor.

Internacional-RS: Anderson; Daniel Henrique, Bregalda, Gustavo e Juan; Natan, Juliano Pacheco, Elton e João Paulo; Lucas Roggia e Bryan (Diego Moraes). Treinador: André Prodes.Destaques: Lucas Roggia e Bryan.

Cruzeiro-MG: Douglas; Rodrigo, Felyp, Vinicius e Matheus; Rafael Medeiros, Zé Eduardo, Rafael Rueda (Lenine) e Eliandro; Wallace e Washington. Treinador: Paulo Ricardo.Destaque: Wallace.

Árbitro: Gleidson Santos Oliveira, assistido por Edílson Teles e Zenildo Souza Santos.