28 julho 2007

Vitória abafa a crise

Com Cláudio Prates como treinador interino, o Vitória bateu por 3x1 o Coritiba e abafou a crise, no Barradão.

Sem brilho e sem mau humor, manteve o retrospecto: venceu a sétima de oito partidas como mandante.

O Vitória tinha apenas Jackson na armação.

E tremenda dificuldade em furar o bloqueio do Coritiba.

Batia de frente quando o correto seria abrir pelos lados, ir à linha de fundo e, de lá, cruzar para o meio.

Mas também tinha Joãozinho acostumando-se a resolver.

Aos 27, Jackson recebeu passe dele e bateu da risca da área: 1x0.

Suficiente para quebrar o estado de agonia na arquibancada.

O Barradão, porém, gelou no retorno do intervalo.

Aos seis, Keirrison, substituto do apagado Henrique Dias ainda no primeiro tempo, desviou chute e Ney aceitou, quando tinha totais condições de defender.

O Coritiba empatava no primeiro ataque para valer.

E não virou, em cinco minutos, pois Ney salvou cara a cara com Keirrison.

Começava tudo de novo.

O rubro-negro encima, o alviverde se defendendo.

Aí, René Simões mostrou porque não deixa saudades, largando Keirrison isolado e recuando o time o quanto pôde.

No mesmo período, Cláudio Prates substituiu Índio e Bida por Faioli e Sorato.

Ganhou recompensa pela aposta menos conservadora.

Com auxílio involuntário do árbitro Ricardo Tavares de Lima, aos 34 minutos.

Porque, como não havia autorizado cobrança de falta, ele mandou Faioli repetir o lance que terminou no gol de desempate de Sandro, de cabeça.

Na TV, vi ter sido de Leandro, contra, porém vale a súmula.

Sorato, aos 45, recebeu lançamento de Faioli desviado por Jackson e definiu.

Foram 8.350 pagantes satisfeitos com o resultado.

E ansiosos sobre o futuro treinador.

Que passe de ladainha

Equipe Cidade do Futebol

Dossiê da CBF para Copa 2014 prevê construção de 4 estádios no Nordeste

Entidade já selecionou as 18 cidades pré-candidatas à sediar partidas durante Mundial e envia documento na próxima terça

Na próxima terça-feira a CBF envia a documentação para a Fifa sobre a candidatura do país à sede da Copa do Mundo de 2014. Nesse dossiê constarão informações das 18 cidades pré-selecionadas e candidatas a sediar jogos durante o evento máximo do futebol. A entidade prevê a construção de quatro novos estádios para a competição.

Os novos estádios deverão ser o estádio dos Reis Magos, em Natal, com capacidade para 50.800 pessoas, a Arena Zagallo, em Maceió, com capacidade para 41.348 torcedores, Arena Recife/Olinda, com 35.480 lugares e por fim a Arena da Bahia, em Salvador, que irá comportar 40 mil espectadores.

Nas outras 14 cidades pré-candidatas (Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Rio Branco, Rio de Janeiro e São Paulo) a proposta é de reforma em seus principais estádios.

Após receber o documento e aprovar a candidatura brasileira (o que deve acontecer em 30 de outubro), a Fifa deverá selecionar entre oito e dez cidades para a Copa, apesar da CBF lutar para aumentar esse número para 12. A resposta sobre as cidades só será conhecida em junho de 2008.

Complemento da Série B

Sete partidas, logo mais às 16h, completam a 15ª rodada da Série B.

Que começou, ontem, com vitória de mandante, de visitante e empate.

A Ponte Preta liquidou o Ipatinga, 5x1, no Moisés Lucarelli, e decidiu entrar na briga pelo G-4.

Como a Portuguesa, que surpreendeu o Gama, ganhou por 2x0, passou adversário direto e dormiu do lado de dentro da zona de salvação.

Também fora de casa, o Criciúma empatou por 3x3 com o Santo André e continua folgado.

Quem pode chegar mais perto é o Coritiba, adversário justo do Vitória, no Barradão.

E os baianos têm que vencer, porque, do contrário, aí sim, a crise estoura de vez.

Pois, até ganhando, vai ser difícil entrar no G-4.

Dependeria do Brasiliense não ganhar do lanterna Ituano ou do Marília não bater o Remo, missões complicadas apenas por serem fora de casa.

Avaí e Santa Cruz e Ceará e Paulista lutam para não ver materializado o fantasma do rebaixamento.

Barueri e Fortaleza, para deixar o meio da tabela.

CRB e São Caetano, para mostrar o que pretendem.

Desde que, claro, queiram algo além de dignificar o espírito esportivo.

Começou e terminou errado

Jorge Sampaio contratou Givanildo Oliveira e, com o treinador, disse, viria um auxiliar técnico.

Wellington Vero, como se sabe, era preparador-físico dos ruins, e Alfredo Montesso, óbvio, não continuou no Vitória.

Aquela história de não terminar bem o que não começa bem.

Vero também acelerou a saída de quem o atura e emprega.

Chateado com matéria que registrava as 14 lesões musculares em seis meses, ameaçou um repórter e pressionou Givanildo, de natureza pouco simpática, brigar com a imprensa.

Mas ainda pior foi o vexame de Vero no aeroporto.

Um preconceito contra as mulheres do quilate dos 6x0 contra o Brasiliense.

Valentão, escondia-se na proteção do clube.

De onde saiu pelos fundos da concentração Vidigal Guimarães para não topar com torcedores organizadíssimos.

Rara vez, aliás, que usou a cabeça.

Senão, poderia, sabe-se lá, perdê-la ali mesmo.

Literalmente.

Aliás, a demissão de Givanildo rendeu como água no feijão por culpa de Jorginho.

Que, entrevistado ainda nos vestiários, precipitou-se em bancar o treinador.

Alexi Portela Júnior queria mandá-lo embora o quanto antes.

E aceitou engolir Givanildo até sábado para não desmoralizar o cargo de presidente.

27 julho 2007

Muito além da medalha

Vilson Nascimento e Wladimir Moreno fizeram história.

Ganharam a primeira medalha da canoa brasileira em Pan-Americanos, esta manhã.

Canoa, modalidade da canoagem, como o caiaque.

Contudo, disputada com um dos joelhos dobrado e remo de uma pá.

Eles foram prata no C-2 1000m.

Emergiram de maré de descaso.

Vilson entrou no projeto Remando para o futuro para se alimentar do lanche distribuído duas vezes ao dia aos atletas da equipe de remo, em Itacaré.

Aos 17 anos, sofria por causa da fome. Era fome, no duro.

Mais tarde, pelo esporte, deixou o emprego de ajudante de cozinha.

Venceu no Pan, aos 22, ele sabe como.

Wladimir, 24 anos, nasceu em Santos, mas chegou criança a Ibirataia, no sul baiano.

Ingressou por aptidão no trabalho desenvolvido por Jefferson Lacerda, na Barragem do Funil.


Jefferson que foi à Olímpiada de Barcelona 1992 com Sebastian Cuattrin, no caiaque.

E Wladimir também penou.

Até empréstimos fez para pagar contas e competir.

Ambos vivem em São Bernardo do Campo, interior de São Paulo.

Há dois anos, sede da Seleção Brasileira de Canoagem.

Formada por oito baianos, dois paulistas e pelo técnico Pedro Sena Júnior, baiano de Aurelino Leal.

Tudo porque, na terra de todos os santos, faltou um patrocinador humano.

Como faltam R$ 50 mil para construir uma raia olímpica na Bahia.

Conversa com Gilmey Aymberê

Por telefone, falei esta manhã com Gilmey Aymberê.

Senti que o ex-treinador do Atlético de Alagoinhas estava incomodado com a demissão.

Contudo, como segue no júnior do Vitória, preferiu não polemizar.

Mesmo assim, comentou do ciúme entre jogadores no início da parceria.

Problema superado, vê condições do Atlético se classificar na Série C.

MS – Sua demissão surpreendeu também a você, Gilmey?
GA – Fazer o quê? Eu não gostaria nem de falar sobre este assunto para não polemizar. Quero o Atlético classificado na Série C. Continuo no Vitória e volto a desempenhar meu trabalho na divisão de base. Cabe às pessoas a análise de como fui demitido, o tempo para montar o elenco, quem veio, estas coisas.

MS – Quem te comunicou: Renato Braz ou Raimundo Queiroz?
GA – Nenhum dos dois! Foi Alexi Portela Júnior quem conversou comigo e passou a situação.

MS – Havia ciúme entre os atletas do Vitória e do Atlético?
GA – No começo, houve. Até porque o pessoal da parceria recebe contracheque, salário, tudo pelo Vitória. E, com Alexi, tudo é pago exatamente como manda a lei. Não há reclamação. Depois, organizou e o ambiente melhorou. Os jogadores não se conheciam, estavam se entrosando e era chato aquilo de uns terem salário e outro não. Mas passou. Foi resolvido. Só que demora tempo para se ganhar confiança.

MS – Tempo que faltou para arrumar o time.
GA – Confio muito na classificação no grupo 8. Contudo, não dá para colocar um time no jeito em cinco dias de pré-temporada. Você tem que testar, ver se o rendimento é bom, oferecer a segunda chance a quem foi mal, transmitir tranqüilidade. Célio, Narcísio e Diogo, por exemplo, têm qualidade, mas estavam sem ritmo. O ideal era 45 dias para fechar um grupo e testar nos amistosos. Aposto muito na chegada de Carlos Magno para dar qualidade de a bola ir do meio ao ataque. William, um garoto de 18 anos que veio de Sergipe, treina como se fosse o último dia da vida dele. Quieto e trabalha demais. Diferente de muita gente que fala à vontade. William pensa no futuro. Em chegar a algum clube grande, de ponta, e vencer na vida.

26 julho 2007

Show do futebol arte

Elaine Estrela e Formiga conquistaram o bicampeonato Pan-Americano com a Seleção Brasileira de futebol feminino.

O Brasil atropelou os EUA – Sub-20, verdade – com categórico 5x0 na final, disputada no Maracanã.

Contudo, lembremo-nos que na final de Atenas, entre times principais, a arbitragem pendeu demais para as atuais bicampeãs olímpicas e mundiais.

Outro fato é o valor destas mulheres, compatível ao “Maior do Mundo”.

E o público as aplaudiu de pé.

Que show do futebol arte!

Com duas soteropolitanas titularíssimas.

Aos 29 anos, Formiga está na Seleção desde 1995, como Maycon e Kátia Cilene.

Superadas apenas por Pretinha, que vem desde 1991.

Formiga deixou o estado há anos e, hoje, joga no Saad, tradicional clube de São Paulo.

Elaine, 24 anos, passou por União, Galícia e São Francisco do Conde.

São Francisco, atual hexacampeão baiano e que, em julho de 2006, foi matéria da Revista da Fifa, pois, àquela altura, estava há cinco anos e sete meses invicto.

Elaine foi convocada pela primeira vez em 2003, ano que se tornou profissional pela Ferroviária, de Araraquara-SP.

Há três anos atua no Umea, da Suécia, ao lado de Marta, a melhor do mundo pela Fifa.

Marta que pisará na calçada da fama do Maracanã.

Uma mulher ao lado de Garrincha e Pelé.

Mas que pede apenas apoio ao futebol feminino, prometido pela CBF após a prata em Atenas.

Vamos ver se nos próximos sete anos sai alguma coisa.

René Simões no Barradão

A última partida de René Simões no Barradão aconteceu exatamente quando o Vitória caiu da Série B, 10 de setembro de 2005.

Agora treina o Coritiba, adversário de sábado.

Naquele dia, saiu de campo feliz pelo empate por 3x3 com a Portuguesa.

Descobriu apenas nos vestiários que o CRB poderia ultrapassar o Vitória, como aconteceu, após virar para cima do Criciúma, nos descontos, fora de casa.

Rebaixamento fulminante.

Queda de sétimo para 17º lugar em quatro rodadas.

Antes o time havia sido derrotado por Santa Cruz (1x0, no Arruda), Ceará (1x2, no Barradão) e União Barbarense (4x1, em Santa Bárbara d´Oeste).

A última vitória foi 2x0 sobre o Caxias, em 13 de agosto.

Quando Somália marcou seu único gol com a camisa rubro-negra.

René Simões treinou o Vitória em 39 partidas, com 17 triunfos, onze empates e onze derrotas.

Foi tetracampeão baiano invicto.

Foi, também, eliminado pelo Baraúnas na Copa do Brasil.

Veja, abaixo, a ficha técnica daquela partida:

VITÓRIA 3X3 PORTUGUESA

Vitória: Felipe; Edílson, Itamar, Zé Roberto e Fininho; Jairo, Vinícius, Donizete Amorim e Leandro Domingues; Leonardo (Gilmar) e Alecsandro. Técnico: René Simões.
Portuguesa: Rafael Fave; Maurício, Émerson, Nenê e David (Jackson); Raí (Bruno Rodrigo), Alexandre, Rafael Toledo e Cléber; Johnson (Oliveira) e Leandro Amaral. Técnico: Giba.
Local: Barradão, às 16h.
Gols: Johnson, aos 3, Emerson, aos 7, Alecsandro, aos 8, Leonardo, aos 21, Nenê, aos 23, e Alecsandro, aos 35 min do 1º tempo.
Cartões amarelos: Zé Roberto e Jairo (Vitória), e Emerson, Raí, David e Jackson (Portuguesa).
Público: 4.416 pagantes.
Renda: R$ 23.160,00.
Arbitragem: Cléver Assunção Gonçalves (MG), assistido por Marco Antônio Martins (MG) e Helberth Costa Andrade (MG).

25 julho 2007

Confiança pressiona o Bahia

O Confiança-SE acaba de vencer por 1x0 o América-SE, no Lourival Baptista.

Gol de Guga, de pênalti, no primeiro tempo.

Chegou a 13 pontos no grupo 7 e botou pressão no Bahia.

Que precisa ganhar por três gols de diferença do Asa-AL, domingo, em Arapiraca.

Ou, então, descontar a diferença no Confiança, dentro da Fonte Nova, no reencontro com a torcida.

Do contrário, passará da primeira fase da Série C como segundo.

Renda de R$ 4.330,00 para 801 pagantes e 480 não pagantes.

Haja cortesia no rico futebol sergipano!

Ah, Lima Sergipano saiu aplaudido, aos 39 minutos do 2º tempo.

Somente para a equipe da Rádio Jornal especular se ele virá para a partida em Salvador, dia 5 de agosto.

Sobre Nonato

Tinha me prometido não falar nada sobre Nonato.

Porque, como se sabe, um gesto vale mais que mil palavras.

Ainda mais quando elas são sugeridas pelo empresário.

Diferente do gesto, que foi expressão pessoal.

Contudo, José Roberto Tolentino, médico e colunista do ecbahia.com.br, foi sublime.

“Para o desempenho e atitudes de Nonato não tenho nem eufemismos nem oxímoros, pois até as palavras, que têm limites, decência e compostura, estão mortas de vergonha”.

Para constar: eufemismo (1) é uma figura de linguagem que consiste em suavizar uma expressão ou idéia usando termos menos contundentes; oxímoros (2) são figuras da retórica clássica que consistem em combinar, numa só expressão, dois termos considerados antagônicos.

Exemplo 1: Dizer corrupto ao invés de ladrão.
Exemplo 2: Mentiras sinceras. Ou o grandioso soneto lírico de
Luís de Camões sobre amor.

Balanço da 14ª rodada

Foram 32 gols em dez partidas da Série B.

Sete vitórias dos mandantes e três empates.

Apenas um 0x0, entre Ipatinga e Barueri.

Destaque para o Marília.

Que voltou ao G-4 mesmo punido com a perda de seis pontos por escalar um atleta irregular e, dos oito representantes de São Paulo, é o melhor colocado.

O Paulista passou a lanterna para o Ituano, rotina entre eles.

Santa Cruz e Remo também vão se acomodando na zona de corte.

O Criciúma terminou líder pela 11ª vez em 14 rodadas.

Já botou seis pontos na frente do Coritiba, segundo, e onze no Vitória, quinto, primeiro dos que não vão a lugar algum quando acabar o campeonato.

Média na rodada de 6.596 pagantes, sem contar Ipatinga x Barueri, cujo borderô não está disponível no site da CBF.

No Arruda, 29.678 pagantes – 25 mil na promoção Todos com a Nota.

E o São Caetano passou o Ituano.

Pior público com 231 pagantes diante do Remo.

Mas continua, digamos, atrás na lista “Top 10”.

Placar 6x4 para a cidade dos superlativos.

OBS: Sobre o Todos com a Nota, do Governo Pernambucano. Antes de ter acesso ao ingresso, o torcedor se dirige a um dos diversos pontos da campanha espalhados pelo Recife e efetua a troca de notas fiscais pelos Vales Cidadãos. Cada R$100,00 em notas da direito a um vale, o qual pode ser trocado por um ingresso.

*Atualizada às 21h40, com a média de público.

24 julho 2007

Vitória triturado na Boca do Jacaré

O Vitória sofreu a maior goleada da Série B duas rodadas depois de ter feito igual com o Fortaleza.

Brasiliense 6x0, na Boca do Jacaré, e queda para o quinto lugar.

Com sete minutos, nasceu a sexta derrota como visitante - quinta consecutiva.

Que golaço!

Allan Delon recebeu lançamento do meio-de-campo de Adrianinho e, de primeira, encobriu Ney.

Aliás, não pergunte onde estava a defesa.

Melhor dizendo, o time inteiro.

Consertando, um bando, esta noite.

Adrianinho foi sublime.

Deu mais dois passes para gol, ambos de cabeça após escanteio:

Warley fez o segundo do Brasiliense, aos 22 do 1º tempo, e Pedro Paulo, substituto de Júnior Baiano, o sexto, aos 43 do 2º tempo.

Warley estava encapetado.

Porque antes de fazer o quarto gol, da risca da meia-lua, aos 37, deu o terceiro de presente para Dimba, aos 25.

Givanildo estava tão zonzo, deduzo, que esperou voltar do vestiário para tentar algo trocando Bida e Índio por Jackson e Paulo César, também discretos.

Era nítido que os jogadores do Vitória estavam mais amarelos que a camisa do Brasiliense.

Na etapa final, para ser fiel, os baianos chutaram à vontade.

Nada, contudo, que exigisse esforço do goleiro Guto.

Talvez, olhe lá, um tiro Joãozinho, aos 38, defendido em dois tempos.

E bastou esta ousadia para Reinaldo Aleluia acertar o travessão e, no rebote, Adrianinho fazer o dele, o quinto do Brasiliense.

*Atualizada às 12h07. Correção: Foi a quinta, e não quarta, derrota consecutiva do Vitória - 3x1 Ituano, 1x0 Portuguesa, 3x1 Barueri, 2x0 Criciúma e 6x0 Brasiliense.

Ah, que saudade de você!

Quem mais vezes treinou o Ipitanga foi Alcyr Silva: cinco.

Quem mais vezes foi demitido, também: quatro.

Todas por Renato Braz, que o contratou para o Atlético de Alagoinhas substituindo Gilmey Aymberê.

Alcyr se manteve no Ipitanga somente uma vez até o final de seu acordo.

Na Série C do ano passado, quando terminou na lanterna do grupo 8, com quatro pontos.

E Renatinho tinha ido embora meses antes, brigado com o alemão Martin Winner.

No Campeonato Baiano, Alcyr Silva passou por Itabuna e Juazeiro.

Saiu pelos fundos.

No Itabuna, ganhou uma partida, empatou outra e perdeu cinco.

Dos três treinadores do Juazeiro, foi o com pior aproveitamento de pontos: 40%, contra 48% de Sérgio Araújo, que saiu para ser auxiliar de Mário Sérgio, no Figueirense, e 62,5% de Célio Gonçalves, que veio dos juniores.

Até quem parece novo no futebol baiano carrega velhos vícios.

A Série B passa. Assim...

Terça-feira com rodada completa, às 20h30, pela Série B.

E lá se vai 37% do campeonato, assim, despretensioso.

Bom para surpreender os desatentos.

Na medida para expulsar do G-4 o derrotado de Brasiliense x Vitória, na Boca do Jacaré.

Marília e Gama, logo atrás na tabela, torcem por empate, direto do interior paulista.

Coritiba e Ponte Preta, no Couto Pereira, fazem partida vital para ambos.

O Coritiba tenta engrenar, senão repete filme do ano passado.

A Ponte também, porque correr atrás desgasta e nem sempre adianta.

No Heriberto Hulse, dá pena do Ituano.

Somente daqueles acontecimentos do futebol para o Criciúma, líder e 100% como mandante, não passar como um trator por cima do lanterna.

Ipatinga e Barueri devem fazer jogo equilibrado, em Minas.

Como Portuguesa e Avaí, no Canindé.

No Nordeste, dois jogos.

O Santa Cruz recebe o Ceará.

Com obrigação de vencer e empurrar o adversário para a zona de rebaixamento.

O Fortaleza pega o Santo André.

Vida dura pelo momento tricolor, mas ideal para renascer.

Para quem tem estômago e bola de cristal:

São Caetano x Remo, no ABC.

Paulista x CRB, em Jundiaí.

23 julho 2007

Homem de ouro

A imprensa baiana exulta a dupla de vôlei de praia Ricardo/Emanuel.

É natural no jornalismo aproximar a notícia do leitor.

E foi a primeira medalha dourada de um baiano no Pan Rio 2007.

Ricardo Alex Costa Santos nasceu em Salvador, em 6 de janeiro de 1975.

Mas nunca teve patrocínio por aqui.

Engrossou como mais um a lista de retirantes esportivos.

Em 1998, fixou residência em João Pessoa, na Paraíba, graças à estrutura competitiva montada por Zé Marco, seu parceiro no primeiro dos cinco títulos mundiais.

Foi lá, também, que desfilou em carro do Corpo de Bombeiros exibindo a medalha de prata trazida da Olimpíada de Sidney 2000.

A mais bela homenagem que ganhou na vida, contou-me, durante a etapa do Circuito Mundial disputada em Salvador, em 2005.

Mais que ter sido o primeiro, em 2004, e ainda ser o único atleta masculino brasileiro escolhido pelo Comitê Olímpico Internacional para pertencer à galeria dos heróis olímpicos.

Seus olhos eram reflexo da alma.

Os de Carlos, ainda mais molhados, também.

Seu pai, contudo, lamentou a ausência de tributo no retorno de Atenas 2004 ao único baiano da história a conquistar um ouro olímpico.

Ricardo engoliu a seco.

E comentou a alegria de jogar com os amigos nas areias da Praia de Armação, onde começou assistindo ao tio Paulão, agora observado pelos filhos Giulia e Pedro.

Pois sempre que pode passa alguns dias na casa que mantém em Salvador.

Discreto.

Quase anônimo.

Resumo da 4ª rodada

Foram 93 gols em 32 partidas na Série C: 2,9 em média – a melhor até agora.

Quatro clubes se classificaram para a segunda fase: Bahia-AL, Confiança-SE, Coruripe-AL e Roma-PR.

O Vila Nova-GO, único 100%, ainda não.

Estes cinco integram o batalhão dos 11 invictos.

Já o Poções-BA está entre os 12 que ainda não ganharam.

Somente o Bahia não sofreu gol.

Ironia ou coincidência, você decide, apenas o América-SE não marcou.

O Paysandu-PA, com mísero ponto, sobrevive por piedade matemática.

Paysandu que meteu 1x0 no Boca Juniors, dentro da Bombonera, pelas oitavas-de-final da Libertadores 2003.

E mudou tudo depois daquele 24 de abril, exceto a turma da diretoria.

Mas o Pará continua no páreo com Ananindeua e Tuna Luso.

E três estados seguem com todos os representantes na zona boa:

Paraíba: Atlético e Nacional.

Rio Grande do Norte: ABC e Potiguar.

E Goiás, recordista: Atlético, Crac, Itumbiara e Vila Nova.

Por curiosidade, São Paulo reagiu e teria Bragantino, Guarani e Noroeste.

22 julho 2007

Bahia classificado. E daí?

O Bahia ganhou por 2x0 do América-SE e se classificou no grupo 7 da Série C.

Um gol de Cléber no primeiro e outro de Charles no segundo tempo.

Ainda bem que a Fonte Nova esteve com portões fechados.

Ninguém merecia ver o 44ª time na temporada errar fundamentos básicos.

Nem Arturzinho agüenta mais e, no final da partida, fez crítica velada a alguns jogadores, coberto de razão.

Deveria, também, assumir grande parcela.

Como gosta de improvisar e como substitui mal.

São sete meses em monta e desmonta e sem acertar quase nada.

Quase, porque a dupla Alison e Eduardo completou quatro partidas invicta.

Mas, ou o Bahia encontra rumo, ou vai ser igual ao ano passado.

Ah, o Confiança-SE marcou 4x2 no Asa-AL e continua líder.

Já o Atlético apenas empatou por 1x1 com o Poções, em Vitória da Conquista.

Saiu atrás, com de Luizinho, e empatou no segundo tempo, com Ademir.

Empatou em tudo com o Linhares-ES, derrotado por 2x0 pelo Coruripe-AL, este classificado, com sobras, no grupo 8.

*Atualizada às 10h17 de segunda-feira, pois faltavam os gols do Bahia.
*Atualizada outra vez às 12h58, porque foi Luizinho e não Kena quem marcou o gol do Poções, como pude ver pela televisão.

Balanço da 13ª rodada

Foram 31 gols em dez partidas da Série B.

Com oito vitórias dos mandantes, três empates e a ousadia do Avaí.

Para 6.952 pagantes em média, sem contar Criciúma 2x0 Vitória e Brasiliense 1x0 Ponte Preta.

Destaque absoluto para o Mundão do Arruda, com 31.056 pagantes.

Mas torcida não faz gol.

E a do Santa Cruz deslumbra a Série B apesar de o time medíocre flertar com o rebaixamento.

Zona onde Paulista e Ituano se alternam na lanterna.

Por falar em São Paulo, o estado não possui ninguém no G-4.

Apesar de ter oito dos 20 clubes do campeonato.

Lá na frente, o Criciúma terminou líder pela décima vez em 13 rodadas.

Três contas e um problema para domingo

Os três clubes baianos jogam pela quarta rodada da Série C, às 16h.

Poções e Atlético em confronto para lá de decisivo no Lomanto Júnior.

Até o empate elimina a Raposa no grupo 8.

E apenas o triunfo traz tranqüilidade ao Carcará.

Na Fonte Nova, a derradeira partida do verdadeiro Público Zero.

Onde o fim não justifica os meios, mas neste caso se entrelaçaram.

Favoritismo absoluto do Bahia contra o América-SE, apesar da 44ª escalação na temporada.

Basta vencer que carimba a vaga no grupo 7.

E para ganhar tem que marcar gol ou gols. Certo?

Exato!

Desde que a arbitragem os valide; óbvio!

E, entre os assistentes, Raimundo Carneiro de Oliveira (BA).

Que esteve na partida de dois gols anulados contra o Asa-AL, também na Fonte Nova com portões fechados.

Um dos que a diretoria tricolor disse entrar com representação nas comissões de arbitragem da FBF e CBF.

Se entrou, como disse, não teve prestígio algum.

Ou tinha, também neste tema, absoluta falta de razão.

Ou sou eu quem vê demais?