30 junho 2007

Campeão invicto

O Bahia empatou por 1x1 com a Seleção de Porto Seguro, na Toca do Guaiamum. O adversário se reuniu na última quarta-feira e treinou por três dias.

Amauri fez, de cabeça, aos quatro minutos do segundo tempo, mas o tricolor não sustentou a vantagem e cedeu o empate, através de Marquinhos, de pênalti, aos 20. Marcação contestada por Arturzinho.

O treinador, aliás, disse que 99% do time para a estréia na Série C contra o Confiança-SE, sábado, no Baptistão, em Aracaju, será o que terminou a pré-temporada: Sérgio; Carlos Alberto, Alison, Eduardo e Adilson; Fausto, Emerson Cris, Ávine e Danilo Gomes; Amauri e Nonato.

Não vi nem ouvi. Mas tenhamos fé.

O Bahia terminou invicto a série de amistosos contra equipes do Campeonato Intermunicipal: 3x0 Santo Antonio de Jesus, 2x1 Riachao do Jacuípe e 6x0 Belmonte. Fora empate por 1x1 contra o Sergipe, que não está na terceirinha; e triunfo por 3x1 no Flu de Feira, também fora da disputa; ambos na Fonte Nova.

Com a “macaca” no corpo

Vitória e Ponte Preta ainda empatavam por 0x0 quando Wanderley mandou tirambaço na trave direita do gol defendido por Ney, aos cinco minutos.

A macaca fazia blitz na saída de bola, dominava a partida, mas o rubro-negro, com Joãozinho aproveitando rebote do goleiro Denis em falta cobrada por Índio, abriu o placar logo em seguida e, daí, deslanchou.

Dois minutos depois, Joãozinho marcou pela sexta vez na Série B. Um golaço “de letra”!

Aos 26, Apodi invadiu a área, tirou o marcador e soltou pombo sem asa de pé esquerdo: 3x0.

Héverton, destaque e artilheiro campineiro, com quatro gols, não parecia estar no gramado. Fez-se notar no final do primeiro tempo ao fazer falta em Garrinchinha, reclamar e ser expulso.

Aos sete da etapa final, Emerson parou contra-ataque puxado por Apodi e lhe fez companhia nos vestiários. A Ponte, em frangalhos, resistia dentro do possível.

Mas 11 contra nove, fora batalhas heróicas, é covardia.

Faioli, de fora da área, fez o quarto aos 15, enquanto Chicão tratou de frear goleada ainda maior ao também receber o cartão vermelho, aos 18.

O Vitória, após semana turbulenta, agradece a falta de equilíbrio do adversário, o mesmo do seu rebaixamento à Série B em 2004, também no Barradão. E o qual nunca havia vencido em Campeonatos Brasileiros, desde o primeiro encontro, em 1974.

A torcida do Leão, 13.094 pagantes, foi para casa comemorando a volta ao G-4.

Sertanejo fraco

O Vitória (7º) faz partida decisiva contra a Ponte Preta (3º), às 16h, no Barradão.

Precisa tanto dos três pontos como de equilíbrio durante o campeonato.

Qual time entra em campo, ninguém da imprensa pode afirmar.

Pois Givanildo Oliveira, que na companhia de Wellington Vero, como um jagunço, baixou a guarda e o nível contra o repórter Moysés Suzart, do “A Tarde”, resolveu se calar. Talvez para refletir da gravidade do destempero.

Além de ofender a moral e a honra de alguém, adestradamente ouviu seu preparador físico tentar censurar o direito de expressão e a liberdade de imprensa, com ameaças de agressão física caso se publicasse alguma linha do vexame. O "A Tarde" deu uma página.

Euclides da Cunha nunca imaginou nordestino tão fraco. E conheceu até coronéis.

Quebra cabeça

As 39 escalações diferentes em 39 partidas ilustram o trabalho de Arturzinho no Bahia.

Mais claro, talvez, seja afirmar que o treinador jamais começou duas partidas com o mesmo time.

Fazendo uma média estatística entre Campeonato Baiano, Copa do Brasil e amistosos pré-Série C, três dos onze titulares perdem a vaga no jogo seguinte.

A novidade número 40 vai acontecer às 20h, no Estádio Toca do Guaiamum, contra a Seleção de Porto Seguro.

Saiu em matéria do "Correio da Bahia", de hoje.

28 junho 2007

Mão de Pedra na política

Foi como um nocaute o convite do prefeito de Salvador, João Henrique, ao ex-pugilista Acelino Popó Freitas para que este ocupasse o cargo de secretário de Esporte, Lazer e Entretenimento de Salvador.

Da capital ao interior, quem ouviu ficou tonto para compreender do que se falava. Para os cépticos, o nome deverá ser publicado no Diário Oficial do Município, nesta sexta-feira, segundo informou a assessoria da prefeitura, se é que adiantará de alguma coisa.

Quatro vezes campeão mundial de boxe – duas na categoria superpena e duas entre os leves –, Popó, bem a seu estilo, partiu ao ataque antecipando o desejo de criar mecanismos para difundir as diversas modalidades, especialmente nas comunidades carentes.

Discurso à moda antiga, frouxo e desnecessário. Mais eficiente seria que Popó, criado em um barraco no bairro de Cidade Nova, simplesmente mostrasse sua experiência. Por exemplo: com seu projeto para crianças carentes, com sede no Arraial do Retiro, iniciado em outubro passado, que vem transformando a vida da comunidade carente da região.

Carismático e com imagem associada ao sucesso, apesar do vexame no infeliz retorno aos ringues contra o mexicano Juan Diaz, Popó pode servir como elo para atrair parceiros e viabilizar investimentos no segmento sempre esquecido pelas administrações municipal e estadual.

Decisão urgente para o Mão de Pedra passa também pela formação de excelente equipe de trabalho, respeitando nobres critérios técnicos, não pessoais. Novato com vicios seria demais!

Longe de parecer talhado para a função, que tenha rápido aprendizado. A população não precisa continuar violentada nos seus direitos.