18 agosto 2007

Edilson, o Capetinha

Causos do Azulão

Por André Rizek

Acabo de voltar do São Caetano, onde entrevistei Luizão para a próxima edição da Placar. Um ótimo papo. Ele fala sobre o maior arrependimento de sua carreira: ter deixado o São Paulo, em 2005.

E conta que, vizinho do Palestra Itália, sua grande frustração é não poder levar os filhos aos jogos do Palmeiras. “Eu adoro futebol e adoraria poder ir ao estádio todo jogo. É só atravessar a rua. Meu filho pede, mas tenho medo da reação da torcida”.

Mas curioso mesmo foram as histórias que o pessoal do clube conta sobre antigos medalhões que passaram por lá recentemente. O São Caetano está encantado com a dedicação de Luizão (que deve estrear como titular na próxima rodada da Série B). Mas tem traumas com estrelas. Edílson, por exemplo.

O Capetinha conseguiu colocar no contrato que não treinaria às segundas-feiras (?!) e que só poderia vestir a camisa 10, sem ficar no banco. E o São Caetano assinou... "Ele não queria nada com nada, foi um erro nosso", dizem por lá.

Mas pior fez outro famoso (cujo nome me pediram para omitir). Ele chegou ao clube pedindo que jogasse apenas uma vez por semana. Mas a situação era crítica, o Azulão estava ameaçado pelo rebaixamento. Não deu para atendê-lo. O que fez o jogador, então? Escalado para uma partida contra a Ponte Preta, fora de casa, a contragosto, com 10 minutos de jogo ele se jogou no gramado. O médico entrou:-- O que você está sentindo?-- Nada. Os caras querem que eu jogue duas vezes seguida?! Sem condição. Pode mandar substituir.

Nos vemos após Botafogo x Corinthians.

Está no blog: http://cartabomba.blig.ig.com.br/

Minha mais nova contratação, ao lado.

E acrescento trecho de matéria do Correio da Bahia de 7 de fevereiro de 2004.

A frase é do ex-presidente Paulo Carneiro.

"São contratos de adesão (os de Edílson e Vampeta) e, portanto, não me sinto no direito de falar. No desenvolvimento dos contratos, a imprensa vai perceber algumas nuances".

A torcida percebeu mais ainda...

Que Edilson joga bola, é verdade.

Mas que somente quando quer, ficou óbvio.

Duas perguntinhas

PERGUNTINHA

Por Paulo Vinícius Coelho

Se o acordo internacional entre federações e clubes europeus prevê que amistosos de Seleções aconteçam na Europa ou a quatro horas de vôo, por que a CBF agendou os jogos contra México e Estados Unidos para os Estados Unidos?De Zurique, a Fifa responde: o acordo entre federações nacionais e clubes europeus não é referendado pela Fifa. Significa que, se marcar amistosos para o Brasil, a CBF pode contar com os jogadores liberados dois dias antes, como para qualquer outro amistoso. Hora de marcar amistosos para o Maracanã.

O blog acrescenta: mentiram ou omitiram para nós este tempo todo?

E corrige: nada de somente o Maracanã, pois é Seleção Brasileira.

17 agosto 2007

O Mensalão do Futebol

Foi publicado anteontem no Diário Oficial da União o decreto que regulamenta a Timemania, o Mensalão do Futebol.

Ou, tecnicamente, a loteria que vai ajudar os clubes de futebol a quitarem débitos criados por seus dirigentes com nosso dinheiro, do contribuinte, do torcedor.

Como se neste esporte rolasse pouco dinheiro por cima do pano.

Demorou mais de dois anos e há muitos clubes não comemorando.

E haverá outros tantos não aderindo.

Futebol é muito contraditório, penso...

Lula vetou dois artigos incluídos no projeto pelo Congresso Nacional, pois os avaliou como contrários ao interesses públicos e inconstitucionais.

Um permitia aos clubes questionar judicialmente suas dividias fiscais, mesmo com a concessão de parcelar estes valores.

E programas como o Parcelamento Especial (Paes) requerem a confissão destes valores.

O outro ampliava de três para cinco anos o prazo de validade do Cebas – Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social –, que garante benefícios fiscais a seus portadores.

E o aumento do período dificultaria a ação do fisco, pois desestimularia as entidades que cumprem suas obrigações tributárias.

Parte da arrecadação da loteria será revertida para o pagamento de débitos com INSS, FGTS e Receita Federal.

Para aderir, o clube precisará cumprir algumas exigências, como a publicação de balanços financeiros, a contratação de uma auditoria independente e a criação de programas sociais.

E auditoria arrepia muitos dirigentes baianos, sabe-se lá por que.

Os clubes vão ceder direitos de marcas, emblemas, hinos e símbolos.

Como também seus dirigentes precisam apresentar declaração firmada de que não têm contra si nenhuma condenação por crime doloso ou contravenção, em qualquer instância da Justiça, tanto federal como estadual.

Estima-se que arrecadação inicial da Timemania seja de R$ 500 milhões por ano.

Ao todo, 80 clubes das séries A, B e C do Campeonato Brasileiro podem participar.


Os clubes terão até 240 meses de prazo para parcelarem suas dívidas.

Os recursos serão assim divididos:

46% para o valor dos prêmios
22% para remuneração dos clubes
20% para o custeio e manutenção do serviço
3% para o Ministério do Esporte
3% para o Fundo Penitenciário Nacional
3% para o Fundo Nacional de Saúde
2% para os comitês Olímpico e Paraolímpico
1% para o orçamento da seguridade social

16 agosto 2007

Segunda da segunda fase

Foram 48 gols em 16 partidas da Série C: 3 gols de média.

Treze (!) vitórias dos mandantes, dois empates e o triunfo de visitante saiu no duelo goiano Vila Nova 1x3 Crac.

Continua difícil fazer prognóstico mais elaborado.

A menos que alguém com bola de cristal me ajude.

Ou, então, com farol de neblina.

Por exemplo, o grupo 24.

A Ulbra-RS massacrou o Villa Nova-MG na estréia: 5x0.

Mas agora tomou 4x0 do Joinville-SC.

E o Vila fez cinco na Águia Negra-MS, que empatara com o Joinville.

Bahia-BA, Coruripe-AL, Imperatriz-MA e Roma-PR seguem invictos.

O clube do Maranhão jogou somente uma vez.

Como Ananindeua-PA, Nacional-AM e Tuna Luso-PA.

Bahia, Coruripe e Crac ganharam as duas.

Oposto a Atlético-PB, Linhares-ES, Porto-PE, Vila Nova-GO e Democrata-MG.

Quatorze estados representariam os 16 clubes classificados.

Goiás e Rio Grande do Sul com duas equipes cada.

Como ficariam os grupos na 3ª fase:

Grupo 25 (1º de 17 e 19; 2º de 18 e 20)
Imperatriz-MA, Bahia-BA, Fast-AM e ABC-RN.

Grupo 26 (1º de 18 e 20; 2º de 17 e 19)
Barras-PI, Coruripe-AL, Rio Branco-AC e Nacional-PB.

Grupo 27 (1º de 21 e 23; 2º de 22 e 24)
Atlético-GO, Roma-PR, Guarani-SP e Ulbra-RS.

Grupo 28 (1º de 22 e 24; 2º de 21 e 23)
Crac-GO, Joinville-SC, América-RJ e Esportivo-RS.

Uma eleição conto de fadas

Alexi Portela Júnior e José Rocha serão eleitos à noite presidentes do Esporte Clube Vitória e do Conselho Deliberativo, respectivamente.

Nada contra nenhum dos dois, diga-se.

Saem dos cargos, mas não de cena, como acordado nos bastidores, Ademar Lemos Júnior e Maneca Tanajura Filho.

Jorge Sampaio administra o Vitória S/A: indicação de Ademar.

Como acontece no Bahia, com a diferença que pouco barulho se faz por mudança - não que zoada resolva -, a eleição será restrita aos conselheiros com mensalidades em dia, excluindo-se sócios ou torcedores e limitando o curral eleitoral a conhecidos.

Por curiosidade, gostaria de saber quantos dos, salvo engano, 416 (!) conselheiros podem, digamos, decidir alguma coisa na vida do Vitória.

Porque, para dirigente, voz de torcedor vale só na arquibancada.

Amando e salvando, como também tem que ser, o time em campo.

A menos que haja algum equívoco, talvez meu.

Ah, ano passado, quando assumiu as rédeas, Alexi Portela Júnior revelou que desde 2001 o presidente do Conselho Deliberativo, Maneca, não apresentava balanço.

A irregularidade fez Paulo Carneiro, acumulando cargos a época, juntar de última hora as contabilidades de 2005 de clube e empresa.

Motivo que atrasou a auditoria, lembram dela?

15 agosto 2007

Bahia, como num treino

Que o Linhares-ES era fraco, este blog já esperava, mas é até demais.

A Série C, realmente, piorou de um ano para cá.

Não que algum dia tenha sido grande coisa.

Basta um pouco de organização e orçamento.

E o Bahia melhorou em campo.

Golear, na Fonte Nova, é simplesmente o que se espera de quem carece sair do fundo do poço.

Lição marginalizada em 2006 pela turma saciada com três pontos.

E debitada com todo acréscimo no octogonal.

Mal os segundos formaram o primeiro minuto e o lateral-esquerdo Márcio desviou contra o próprio gol falta de Carlos Alberto.

Daí para o atropelo foi um pulo.

Emerson Cris enfiou pelo meio da defesa, Ávine avançou e bateu cruzado, aos nove.

Dois minutos depois, Nonato chutou para frango do goleiro Chico: 3x0.

Sem esforço, registre-se.

A torcida satisfez-se com a goleada quando Nonato recebeu linda assistência de Danilo Rios, driblou o goleiro e completou sem ângulo.

Bastaram 26 minutos para o Bahia liquidar o Linhares.

E ficar com mais de uma hora de jogo sem ter o que fazer.

O clube do Espírito Santo pelo menos pôde conhecer o estádio, afinal, o resultado havia ido para as cucuias.

Nonato incorporou estilo falastrão para se distrair na Série C.

No intervalo, prometeu gol e, outra vez, cumpriu.

Voltou com tudo, aos dois minutos recebeu passe de Cléber, aplicou drible curto no zagueiro e tocou de lado: 5x0.

O Bahia mereceu a goleada e o Linhares não merecia passar de fase.

Mas tinha Atlético e Poções no grupo, fazer o quê, então?

*Atualizada às 8h58. Pela televisão, vi que o passe para o quinto gol do Bahia e terceiro de Nonato foi de Cléber, e não Emerson Cris, como havia escrito.

As “férias” extras de Vanderson II

O Vitória sentirá falta de Vanderson.

Guerreiro, não há no elenco substituto com característica semelhante.

Não me parece desleal, mas ríspido em excesso.

Fora que enche a paciência do juiz; raras vezes com motivo.

Doze cartões amarelos e um vermelho em 25 partidas do Baiano.

Na Copa do Brasil, quatro jogos, dois amarelos e um vermelho.

Pegou pena dobrada e perdeu a estréia da Série B contra o Avaí.

E, na Série B, até agora, são seis amarelos e dois vermelhos.

Vanderson, suspenso, já perdeu dez partidas na temporada.

A 11ª será terça-feira, contra o Avaí, agora na Ressacada.

O Vitória faz oito jogos/mês em média.

Então, Vanderson passou quase 45 dias de “férias”.

A torcida se identifica com ele.

Vanderson entendeu o espírito rubro-negro.

Mas falta separar gana de violência.

Senão, uma hora o STJD também chega junto.

Sem aliviar.

Vai ser uma pena.

Na próxima semana, deverá ser réu no STJD, de novo.

Pela expulsão contra o Paulista.

A advogada Patrícia Saleão, como sempre, aliás, será escalada.

E a torcida vai começar a se identificar com ela também.

14 agosto 2007

Vitória pernoita no G-4

O Vitória começou o jogo em cima do Gama e marcou de cara.

Bida, livre na entrada da área, fez 1x0 aos três minutos.

Na seqüência, Ésley costurou com categoria pela esquerda, porém chutou bisonhamente a mais clara chance de empate.

Aos 12, Sandro desviou de cabeça falta cobrada por Jackson e Everton se atrapalhou todo com o quique da bola, acomodada na rede.

Não deu nem para a torcida sentir falta de Índio, poupado inclusive do banco de reservas.

Além do placar, Caíque, seu substituto, mostrou que, caso tenham paciência com ele e não o rotulem indevidamente, como já tem quem faça, talento não lhe falta.

Aos 39, Leandro foi expulso ao impedir contra-ataque com Caíque e ficou ainda pior a perspectiva do Gama.

No segundo tempo, Roberto Cavalo arriscou pra fazer o Gama mais agressivo, formando, digamos, no 3-4-2.

Mas o Vitória continuou mandando em campo, embora Ney tenha se virado para pegar pancada de dentro da área de Val Baiano logo na volta do intervalo.

Bida desperdiçou duas chances claras.

Como o resultado não veio, Roberto Cavalo voltou atrás.

Tirou Val Baiano, artilheiro da Série B com 12 gols, e botou Dênis na lateral.

Sem mais comentários.

Aos 23, Jackson marcou bonito gol pegando Everton adiantado: 3x0.

No final, aos 45, Bebeto girou para cima de Sandro e fuzilou entre Ney e a trave.

Gol dito de honra, pois quem perde por 3x1 e é dominado como foi o Gama deve sair morto de vergonha do Barradão.

Nós na área:
(4º) Vitória 3x1 Gama (12º)

Gols: Bida, Sandro e Jackson. Bebeto.

(7º) Ipatinga 2x0 Paulista (15º)
Gols: Alessandro e Adeílson.

Daniel Alves e o Sevilla

O novo clube de Daniel Alves será conhecido dentro de horas; hoje.

Ontem, o lateral pediu ao treinador do Sevilla, Juande Ramos, para não enfrentar o AEK, da Grécia, clube de Rivaldo, pela Liga dos Campeões, na Espanha.

Quer disputar a Liga pelo seu novo clube.

São três os interessados e as seguintes possibilidades, em euros:

Chelsea: 40 milhões ou 25 + Paulo Ferreira + Kalou
Real Madrid: 30 milhões + Baptista + Cicinho ou algo próximo a 40
Manchester United: algo próximo a 40 milhões

Se Daniel for ao Real Madrid, o Bahia não tem direito a 1,85% (cerca de R$ 2 milhões) referentes ao “Mecanismo de Solidariedade”, válido para transferência entre países distintos - entenda mais
clicando aqui.

Como tampouco o Juazeiro a 0,75% (cerca de R$ 750 mil).

Na ótica do Sevilla, quem paga este percentual é o comprador.

Os curiosos podem seguir nos sites, em espanhol:

Mucho Deporte
El Desmaque
Orgullo de Nervion
Sevilla FC (oficial, com sistema de rádio)

Os clubes no final do primeiro turno

A Série B passou a ser disputada em pontos corridos ano passado.

O que faz o campeonato de 2006 ser referência isolada no aproveitamento de pontos seja para acesso ou rebaixamento.

Coritiba, Náutico, Sport e Avaí estavam no G-4 após 19 rodadas: os pernambucanos subiram.

Na zona de degola, Portuguesa, São Raimundo, Remo e Ceará: o amazonense caiu.

O campeão Atlético-MG era o sexto colocado.

Mas tinha melhor saldo de gols (11, com o Sport) e menor número de derrotas (4, com Coritiba, Náutico e Marília, 7º lugar).

Surpresa foi a arrancada do América-RN: de 12º para 4º lugar.

Estava logo atrás do futuro rebaixado Paysandu.

O clube potiguar não gostava de empate, como o Vitória.

Tinha apenas um e terminou a Série B com apenas quatro.

No número de triunfos, aliás, venceu desempate com o Paulista.

Ambos terminaram com 61 pontos, aproveitamento de 53,5%.

Caso ganhe do Gama, o Vitória termina o turno com o mesmo aproveitamento de Sport e Avaí.

Mas vai precisar que Brasiliense e Portuguesa não vençam.

Senão, dorme no G-4, mas acorda fora no fim de semana.

Como você vê o desenrolar desta Série B?

Veja os clubes chaves da Série B 2006:

Primeiro turno

1º Coritiba, 35p e 61,4%
2º Náutico, 35p e 61,4%
3º Sport, 30p e 52,6%
4º Avaí, 30p e 52,6%

6º Atlético-MG, 29p e 50,9%
11º Paysandu, 26p e 45,6%
12º América-RN, 25p e 43,9%
14º Guarani, 23p e 40,4%
15º Vila Nova, 22p e 38,6%

17º Portuguesa, 19p e 33,3%
18º São Raimundo, 19p e 33,3%
19º Remo, 15p e 26,3%
20º Ceará, 15p e 26,3%

Quatro clubes terminam o primeiro turno

Duas partidas pela 19ª rodada da Série B, ambas às 20h30.

Ou seja: final de 1º turno para quatro clubes.

Hora de verificar planejamento – isto para quem o fez, claro! – e ver como reagir ou se manter na segunda metade do campeonato.

No Barradão, favoritismo absoluto do Vitória contra o Gama.

Além de o rubro-negro precisar ganhar para dormir no G-4, o clube candango não venceu ninguém como visitante.

E ainda tomou 24 gols nas últimas 10 partidas.

Razão que o tirou de cima e pôs a vagar pelo meio da tabela.

Em Minas, Ipatinga e Paulista.

Os mineiros, até aqui, satisfeitos por continuarem na Série B.

Os paulistas, empolgados por escapulirem da zona de rebaixamento.

13 agosto 2007

Resumo da relargada

A Série C começou outra vez, agora na segunda fase.

Relargou bagunçada, diga-se.

Mas organização também passa longe do Brasileirão, pois é CBF.

Na sexta-feira, o Ananindeua-PA, eliminado via STJD no campeonato de 2006, usou o subterfúgio para voltar para a luta, retirando a Araguaína-TO também pela escalação irregular de um jogador.

Foram 36 gols em 14 partidas, 2,57 em média.

Seis vitórias dos mandantes, quatro dos visitantes e quatro empates.

Bahia-BA, Coruripe-AL e Roma-PR continuam invictos.

O Rio Branco-AC perdeu por 3x2 para o Sampaio Corrêa-MA.

E a Imperatriz-MA não estreou.

Como tampouco Nacional-AM, Tuna Luso-PA e Ananindeua.

Balanço da 18ª rodada

Oito dos dez jogos da rodada envolviam clubes paulistas na Série B.

Igualmente divididos entre mandantes e visitantes.

Não havia confronto entre eles.

O saldo foi decepcionante.

Quatro derrotas fora de casa e duas aos olhos do torcedor.

Empate da Portuguesa, no Canindé, e triunfo do Paulista, em Jundiaí.

E só.

Criciúma, Marília, Coritiba e Brasiliense continuam lá na frente.

O Criciúma perdeu a segunda consecutiva, mas completou 15 rodadas como líder.

Santa Cruz, Remo, Santo André e Ituano estão lá atrás.

O Santa venceu a segunda consecutiva e parece ser o único com força para lutar.

Foram 30 gols, destaque para Gama 5x3 Barueri.

Seis vitória dos mandantes, três dos visitantes e um empate.

A tal senhora do feijão

Sabe a senhora que o ex-preparador-físico do Vitória mandou para casa fazer feijão?

Pois Gildete dos Santos virou personagem, outra vez, como adora.

Leia perfil publicado no Correio da Bahia, ontem.

Neste caso, sim, há motivos para sorrir.

Por Pablo Reis

Dona Gildete dos Santos, uma avó de quatro netas, acabou de passar por uma humilhação pública perante centenas de pessoas no Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, e diante de milhares na televisão, mas está curtindo muito tudo isso.

Torcedora fanática, ela foi fazer uma recepção crítica ao time do Vitória, depois de uma derrota por 6x0 para o Brasiliense, e terminou virando alvo de chacota do ex-preparador físico Wellington Vero. Dona Gildete rememora os detalhes do episódio com a riqueza narrativa de um Tolstói e a carga dramática de um Rubem Fonseca.

Vinham no desembarque primeiro os jogadores, macambúzios, e logo na frente Índio, que é sempre artilheiro e amado, mas não conseguiu encarar olho no olho a vovó rubro-negra na hora de ouvir: “Rapaz, quando jogam aqui, ganham, mas lá fora tremem igual a geléia”. Ele abaixou a cabeça e seguiu adiante, encabulado. Lá atrás, chegava o técnico Givanildo Oliveira, cara mais enfezada do que de costume: “Givanildo, por favor, vê se come um acarajé com pimenta e muda esse seu jeito”.

O treinador partiu reto, mas contou com a defesa do “despreparador físico” – no vocabulário ofendido de dona Gildete –, que se adiantou em frente às câmeras, numa reação que precipitaria sua própria demissão. “E a senhora deveria estar em casa cozinhando seu feijão”. Ela revidou com um “respeite meu Vitória, que tem nome, porra” e saiu dali como heroína, recebendo até convites de advogados que adorariam ganhar uma causa por acusação de preconceito de gênero e idade.

Gildete, uma conhecida alpinista de manchetes há mais de dez anos em Salvador, conseguiu sair de coadjuvante nas reportagens, onde faz pontas como entrevistada no meio da rua, para assunto principal de uma notícia. Mesmo humilhada, ela está feliz – e como está feliz. “Ahhhhh, meu filho”, suspira ela, com um largo sorriso, “esse feijão já rendeu tanto”. Em seguida, começa a falar das centenas de telefonemas que recebeu, das pessoas que a reconhecem nas ruas, de como foi considerada uma espécie de mártir entre os insatisfeitos torcedores do Vitória.


E se houver alguma dúvida sobre o que dona Gildete realmente busca em termos de popularidade daqui a pouco vai ser dissipada, quando ela revelar que acorda sempre às 3h30 para participar ao vivo de um programa na Rádio Sociedade da Bahia, toda madrugada. Ela dorme muito pouco, geralmente deita às 23h e umas quatro horas depois já está de pé, fazendo um cafezinho, ou zapeando pela televisão. Quer ter mais tempo para viver, em outras palavras, um pouco mais de nome em evidência na televisão, no jornal ou no rádio, em sua saga multimídia.

Leia mais clicando aqui


E comente à vontade abaixo.

12 agosto 2007

Bahia na lei do menor esforço

O Bahia pegou o Atlético-PB, em Cajazeiras, com um jogador a mais.

Via rádio, ninguém explicou, com autoridade, por que.

Mas Marcelo Santos foi expulso aos seis minutos e tudo ficou fácil.

Dois minutos depois, Moré marcou em cruzamento de Carlos Alberto.

Emerson Cris ampliou em pombo sem asa, aos 36, e Cléber deixou Moré livre para fechar a conta, aos 15 da etapa final: 3x0.

Sobrou logo no intervalo para o árbitro Saulo Valentim (PE).

Acuado e coagido pelos donos da casa, nem foi ao vestiário respirar.

Já estava ruim à vista de todos, imagina nas entranhas do Estádio Perpetão, pensou...

Pena que Eduardo foi infantilmente expulso aos 32 do 2º tempo.

Arturzinho gostou do resultou, mas cutucou a apatia de alguns jogadores.

Ponto para o treinador, consciente.

Também no grupo 19, Linhares-ES 0x2 Nacional-PB.

Paulinho Pimentel perdeu dois pênaltis e desesperou o torcedor.