Homem de ouro
A imprensa baiana exulta a dupla de vôlei de praia Ricardo/Emanuel.
É natural no jornalismo aproximar a notícia do leitor.
E foi a primeira medalha dourada de um baiano no Pan Rio 2007.
Ricardo Alex Costa Santos nasceu em Salvador, em 6 de janeiro de 1975.
Mas nunca teve patrocínio por aqui.
Engrossou como mais um a lista de retirantes esportivos.
Em 1998, fixou residência em João Pessoa, na Paraíba, graças à estrutura competitiva montada por Zé Marco, seu parceiro no primeiro dos cinco títulos mundiais.
Foi lá, também, que desfilou em carro do Corpo de Bombeiros exibindo a medalha de prata trazida da Olimpíada de Sidney 2000.
A mais bela homenagem que ganhou na vida, contou-me, durante a etapa do Circuito Mundial disputada em Salvador, em 2005.
Mais que ter sido o primeiro, em 2004, e ainda ser o único atleta masculino brasileiro escolhido pelo Comitê Olímpico Internacional para pertencer à galeria dos heróis olímpicos.
Seus olhos eram reflexo da alma.
Os de Carlos, ainda mais molhados, também.
Seu pai, contudo, lamentou a ausência de tributo no retorno de Atenas 2004 ao único baiano da história a conquistar um ouro olímpico.
Ricardo engoliu a seco.
E comentou a alegria de jogar com os amigos nas areias da Praia de Armação, onde começou assistindo ao tio Paulão, agora observado pelos filhos Giulia e Pedro.
Pois sempre que pode passa alguns dias na casa que mantém em Salvador.
Discreto.
Quase anônimo.
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