05 agosto 2007

Nonato entre tapas e beijos

Nonato fez dois gols e selou a paz dele e do clube com a torcida.

Deixou a Fonte Nova expulso e aplaudido, como fazia Beijoca.

Até quando dura este romance, ninguém sabe.

Depende da equação gols e mímicas, digamos.

A partida foi equilibrada nos 30 minutos iniciais.

Verdade que o Bahia chegou três vezes contra nenhuma do Confiança: duas com Carlos Alberto e uma com Danilo Rios, contudo, nenhuma de real perigo para o goleiro Fábio.

E o passado quase se fez mais vivo.

Aos 32, rápidos movimentos de perna como se buscasse aceleração sem sair do lugar, seguida por pancada de falta do meio da rua.

Como?

Como, não!

Quem: Lima Sergipano.

Que somente não abriu o placar na Fonte Nova, aos 32 minutos, porque o travessão salvou o gol que Márcio jamais conseguiria evitar.

A própria torcida aplaudiu o Canhão do Fazendão.

E não aconteceu muito mais no primeiro tempo.

Pelo sistema de marcação de Ferreira e também por culpa do próprio Bahia, teimando em fechar pelo meio.

Com cinco minutos da etapa final, Moré cruzou, Danilo Rios cabeceou no travessão e a bola, carente, procurou o goleador.

Nonato estava lá, livre como quase sempre.

Usou a cabeça e comemorou feliz da vida sua história de amor.

Ontem, bem resolvida, porque ele ampliou dez minutos depois: 2x0.

Até quando foi expulso, após o segundo amarelo, aos 41, saiu aplaudido.

Antes, aos 37, Curel tinha marcado, quebrando invencibilidade de Márcio.

Goleiro que já salvara o time antes, quando cara-a-cara com Curel.

E dois meias canhotos não entortam time algum, para governo de quem pensa o contrário.

Pois, antes do castigo do gol do Confiança, o Bahia só não carimbou triunfo tranqüilo pela incompetência de Neto Potiguar, na trave, e Cléber, ambos caindo pela direita.

Foram 31.335 pagantes e renda de R$ 275.800,00.

Não houve divulgação durante a partida porque a nova empresa responsável pelo serviço de ingressos enfrentou problemas com algumas catracas.


*Atualizada às 21h56.

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